A Oficina Vagão nasceu graças ao trabalho do Conjunto Teatral Última Estação na comunidade do Guandu, em Santa Cruz. O Conjunto tem uma estética teatral de pegar papel e caneta e ir atrás de histórias de moradores a fim de transformá-las em dramaturgia nos palcos. O interesse de aproximação de novas pessoas para trabalhar foi tão grande que nasceu a Oficina Vagão, que não perdendo a estética de contar histórias traz para o público, espetáculos com linguagem fácil e uma visão periférica de obras e autores conhecidos como Medéia e Jorge Amado. A Oficina já apresentou espetáculos sobre os Doze Trabalhos de Hércules com “Uma Dúzia de Trabalhos”, a Trajetória do rádio Brasileiro em “Nós, os Cantores do Rádio”, trouxe ao público uma linguagem facilitada e resumida do Clássico Grego Medéia em Vinte e três minutos com “Medeias XXIII” e agora foi implantado na Oficina um novo projeto chamado “Pequenos Atores, Grandes Autores” onde o grupo está estudando Autores Brasileiros pouco conhecidos nas comunidades e montando espetáculos em cima das obras dos autores estudados. No primeiro módulo o estudo em cima de Jorge Amado traz o espetáculo “Tieta do Agreste – A Pastora de Cabras”.
A Oficina acontece todas as Terças-feiras das 18:30 às 21:30 na casa de cultura Ser Cidadão ou no Espaço Cultural Zona Oeste, cede oficial do Conjunto Teatral Última Estação.
Quem coordena a Oficina Vagão é o diretor e Dramaturgo Sandro D’França, o mesmo diretor do Conjunto Teatral Última Estação. O trabalho da direção é tentar desenvolver um trabalho multiplicador e não reprodutor. O interessante é trazer coisas novas na comunidade e que ela se multiplique entre os moradores fazendo assim um mix de culturas entre diferentes linguagens e não uma coisa reproduzida do que já tem nas comunidades.
(Texto produzido por Ademir Lamego.)
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